quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Petição anti-Blair

Revisto às 16 horas

Nem de propósito: um grupo de deputados europeus lançou uma petição contra a candidatura de Tony Blair à presidência do Conselho Europeu. A iniciativa foi do socialista Robert Goebbels, e logo subscrita por vários deputados alemães...

Se o texto - apresentado sob a forma de uma "declaração escrita" do PE - recolher o apoio de pelo menos metade dos actuais 736 eurodeputados, tornar-se-à numa posição oficial da instituição. O Eurotalk deseja aos promotores da iniciativa o maior sucesso :)

Bom, a ideia era boa, era, mas provavelmente não vai servir de nada: os procedimentos internos do PE (tradução em todas as línguas oficiais, aprovação pelo gabinete do presidente do PE, etc.) não permitem que o texto comece a recolher assinaturas antes de 11 de Novembro! Quem sabe se nessa altura, Blair não terá já sido nomeado.....

2 comentários:

MarPi disse...

Acho mal.Se o Barroso é Presidente da Comissão Europei porque é que o Blair não pode ser Presidente do Conselho Europeu?Eu até diria mais.Para o trio ficar completo,o Aznar devia ser nomeado Alto Representante.

Anónimo disse...

A invasão do Iraque em 2003 foi uma má ideia motivada por uma ambição de poder (afirmar o poder americano através duma invasão que teria reescrito o direito internacional – pequeno detalhe: se tivesse sido um sucesso...). Barroso e Blair foram os agentes europeus que melhor souberam rentabilizar em seu proveito as oportunidades criadas pela postura imperial americana.

O Tratado Constitucional – e todos os seus avatares até ao Tratado de Lisboa – foi uma má ideia motivada por uma outra ambição de poder (afirmar o poder dos franceses e alemães, mediante um acerto com ingleses e espanhóis e a tecno-estrutura bruxelense, destruindo os equilíbrios que até então/até agora sustentaram o sucesso da construção europeia). A crise do Iraque abriu o cenário para esta ambição se concretizasse em 2003-2004.
Está por demonstrar que as alterações são positivas, para a União Europeia e para os seus membros, ou se o processo europeu não entrou na perigosa fase do Leviathan. O debate aberto e democrático foi abafado nos vários países, só respostas "sim" eram possíveis.
Há contudo já uma certeza: quem é, quem é o duo que de novo se perfila para rentabilizar a situação?…

W. Hallstein