quinta-feira, 19 de março de 2009

Durão Barroso é o candidato oficial do PPE à presidência da Comissão Europeia

É oficial: Durão Barroso foi confirmado como o candidato oficial do PPE – federação europeia dos partidos conservadores/democratas-cristãos – para presidir à Comissão Europeia por mais cinco anos.

A decisão foi tomada ao início da tarde por unanimidade dos chefes dos governos do PPE durante o encontro que habitualmente antecede as cimeiras de líderes da União Europeia (UE). Os membros do PPE incluem os primeiros ministros de França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Polónia, Malta e Roménia.

Se os partidos do PPE ganharem as eleições europeias de Junho – como é largamente provável – Barroso tem a recondução garantida para um novo mandato com início a 1 de Novembro.
A decisão do PPE acaba com a especulação sobre as hesitações de alguns lideres, a começar pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, que se mostrou recentemente algo ambíguo no apoio ao actual presidente da Comissão.

Embora já estivesse previsto de longa data que o ex-primeiro ministro português fosse o candidato do PPE – tal como já o fora em 2004 – vários partidos membros do PPE hesitaram em formalizar desde já a decisão. Esta preferência destinava-se a evitar que Durão Barroso cristalizasse o voto de protesto maciço que é esperado nas eleições europeias.

Em contraste, os lideres socialistas, que também se reuniram antes da cimeira de lideres da UE, continuam sem conseguir decidir se terão ou não um candidato oficial à presidência da Comissão para apresentar às eleições europeias. Esta dificuldade resulta sobretudo do facto de vários chefes de governo socialistas já terem declarado oficialmente o apoio a Barroso: além de José Sócrates, o britânico Gordon Brown e o espanhol José Luis Rodriguez Zapatero.

4 comentários:

Anónimo disse...

Anonima nao, Alexandra Lobao

Estou indignada com os socialistas europeus. Ao caucionarem a reeleicao de Durao Barroso merecem, sem qualquer duvida, perder as eleicoes.

Ficam sem um pingo de legitimidade para criticar a poderosa corrente de pensamento economico e politico responsavel pelos agora famigerados excessos da economia de mercado. Uma corrente, de inspiracao anglo-saxonica, tao bem personificada pelo candidato portugues.

Conservador por conservador, prefiro o candidato do meu pais, admito. Manda a mais elementar honestidade intelectual reconhecer que nao se lhe pode cobrar o ter agido sempre de acordo com as suas conviccoes, por acaso diametralmente opostas as minhas.

E o que caraceriza o pensamento politico de Durao? Assim resumidamente:

no tocante ao metodo de trabalho, preferencia pelo nivel intergovernamental em detrimento do comunitario e uma cronica falta de coragem para afrontar os Grandes Estados-Membros mesmo quando estes pisam o risco nao respeitando as regras comuns europeias;

em termos economicos, uma verdadeira profissao de fe, a raiar a ingenuidade, no "laissez-faire laissez passer" e na Escola de Chicago, associada a uma confrangedora insensibilidade social;

em materia de relacoes internacionais, colagem as politicas dos "States", mesmo quando estes eram governados por Rumsfeld, Cheney e outros sinistros do mesmo gabarito; pouca ou nenhuma coragem para denunciar as enormidades que fazem da China e da Russia, por exemplo, potencias muito pouco recomendaveis.

Mas que raio de democracia europeia e esta, em que metade do espectro politico abdica da responsabilidade historica que lhe incumbe? Logo agora no momento de mudanca de paradigma que se vislumbra a escala global?!

Barroso? Alem de discordar dele no essencial, nunca lhe perdoarei a infame cimeira dos Acores. Mas, neste momento,a minha indignacao vai toda para os socialistas. Cambada de cinicos.

Anónimo disse...

É de vómitos! Depois admiram-se com a abstenção e o voto nos partidos dos extremos. Não estava com grande vontade de votar Bloco de Esquerda mas parece que vai ter mesmo que ser...

Anónimo disse...

Prezada ANA

Li sua resenha sobre a crise. Gostaria de recomendar um livrro editado no Brasil.

Existe um livro recém lançado chamado “QUE CRISE É ESSA?”Ed Juruá, que de forma didática e simples explica a crise. Traz também o efeito sobre o Brasil e dicas para pequenos empresários e profissionais de empresas privadas enfrentar e vencer a crise. Gostei do livro pela simplicidade e objetividade. Vale a pena fazer umw leitura sob a visão portuguesa da crise e visão brasileira da crise. É hora de juntarmos esforços com a crise.

PROFESSOR RAMIRO GONÇALEZ - 28 de março, 2009 - 20:35
Meste em Ciências Comunicação e Economia USP
Engenheiro Escola Politécnica - Universidade do Brasil
Especialista em Inteligência de mercado
55 11 3711 35 17

Anónimo disse...

"uma cronica falta de coragem para afrontar os Grandes Estados-Membros mesmo quando estes pisam o risco"

Se o tivesse feito há muito que teria sido corrido. É que, minha cara Alexandra, não estamos numa democracia qualquer, estamos na UE que pouco de democrático tem...

"pouca ou nenhuma coragem para denunciar as enormidades que fazem da China e da Russia, por exemplo, potencias muito pouco recomendaveis"


??? Um cidadão europeu (ou uma cidadã) a dizer estas coisas é o mesmo que o roto a rir-se do nú...