Estava na cara: os "suspeitos do costume" - Alemanha, Holanda e Suécia - apoiados desta vez pela Polónia, vetaram a possibilidade de utilização de 5 mil milhões de euros previstos no orçamento da Política Agrícola Comum (PAC), mas não utilizados, noutro tipo de investimentos no quadro de um plano de estímulo à economia, como infraestruturas energéticas ou internet de banda larga.
A recusa não é nova. Há anos que estes países se opõem terminantemente à transferência de dinheiro entre as diferentes rubricas do orçamento comunitário de modo a permitir uma utilização racional de eventuais "sobras". Nada disso: dinheiro não gasto é para ser devolvido às capitais. Apesar de se tratar de uma velha posição de princípio, é surpreendente que estes países se mantenham tão irredutíveis no actual contexto de crise económica.
É duvidoso que a cimeira de lideres da próxima semana (que terá de validar o plano), reponha o que os ministros das finanças retiraram.
O que significa, como referiu o ministro polaco das finanças, Jan Rostowski, que o plano Barroso "previa 200 mil milhões de euros, agora só conta com 195 mil milhões".
1 comentário:
O falecido Milton Friedman disse que só se iría ver qual seria a verdadeira consistência do Euro quando ocorresse uma grande crise.
É o que está a acontecer... esta crise está a colocar o Euro e muitos países que a ele aderiram em graves problemas, graves e impossíveis de resolver no ambiente actual.
No fim esta crise acabará com a vitória dos BRIC (Brasil, Rússia, Indía e China) e a derrota do Euro e da própria União Europeia.
Pelo caminho fica aquela ideia bizarra da Constituição Europeia/Tratado de Lisboa de que já poucos se atrevem a falar.
Viva a crise!
Enviar um comentário