quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Pensará Durão Barroso num segundo mandato em Bruxelas???




Durão Barroso introduziu uma ligeira inflexão no discurso sobre a possibilidade de prolongar a sua estadia em Bruxelas com um novo mandato como presidente da Comissão Europeia.

Ao longo do tempo, quando interrogado sobre a questão, o ex-primeiro ministro português respondia invariavelmente que não pensava no assunto, insistia em que ainda tem muito para fazer até ao fim do actual mandato (em Novembro de 2009) e garantia que nunca na vida fez planos a longo prazo.

Hoje, perante uma questão de um jornalista, durante uma conferência de imprensa, sobre o seu interesse em ficar em Bruxelas até 2014, Barroso só respondeu que não era o momento para falar do assunto. Não disse, no entanto, que não pensava nisso.

“A propósito do meu interesse por um segundo mandato, não me posso pronunciar nesta fase. Creio que é uma questão que não se coloca neste momento”, afirmou.

Antes de se pronunciar, Barroso quererá certamente concluir o gigantesco processo que hoje lançou para reformar em profundidade o orçamento comunitário. Se fôr tão ambicioso como afirma que pretende ser, este exercício mudará por completo as actuais políticas comunitárias, e, por essa via, a própria UE.

Este trabalho poderá muito bem vir a ser o legado do primeiro mandato de Durão Barroso em Bruxelas. Se lhe correr bem, a sua concretização poderá transformar-se no programa de trabalho do segundo.

A grande questão que se coloca agora é saber que grau de ambição o presidente da Comissão colocará neste exercício: quererá ele torná-lo num projecto visionário e gerador de consensos entre os Estados membros para o aprofundamento da integração europeia? Ou contentar-se-à com um mínimo denominador comum em torno de pequenas reformas que não causem grandes problemas aos governos nacionais para assegurar a sua recondução por mais cinco anos?

5 comentários:

Anónimo disse...

Se tivermos em conta o "historial" de Durão Barroso, a segunda hipotese (o consenso minimalista para agradar a gregos e a troianos) é a mais provavel.

Obviamente que vai também depender dos Estados-Membros e se na base das decisoes destes estiver o sentimento de levar pequenas vitorias para casa (mas com grande prejuizo para a UE) como se viu recentemente na discussao do Tratado, entao nao auguro nada de bom.

Oxalá me engane, porque esta reforma é uma oportunidade unica para a UE.

O Escondidinho disse...

Espero bem que não!!!! Espero que nessa altura o TPI já esteja a fazer o seu trabalho, que é o de dar caça aos criminosos, e nessa altura deve não prender não só o Barroso, como os outros membros do perigoso bando dos 4 (Açores),porque com eles à solta o mundo está mais perigoso.

Schlumpy disse...

Algo no seu texto me saltou à vista:

(...)o ex-primeiro ministro português (...) garantia que nunca na vida fez planos a longo prazo (...)

Nunca fez planos a longo prazo????? Estou escandalizado!!! Não por nunca ter feito planos a longo prazo, mas sim por o admitir publicamente!

Então um primeiro-ministro, chefe de um governo, não tem por responsabilidade fazer esses planos a longo prazo???

Uma boa questão a colocar a José Sócrates: Sr. 1ºministro, como será Portugal em 2020 e quais as medidas que tomará para isso acontecer?

Anónimo disse...

Tem todo o direito dde preparar um segundo mandato,pois,ao contrario do que muinta gente pensava,Durão Barroso esta a fazer um bom trabalho..
http://veloso.nireblog.com

Oscar de Lis disse...

Simplesmente acho que qualquer desejo de perpetuação no poder é significativo de coisas não precisamente boas.