terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Durão Barroso fora de jogo?

Durão Barroso não está nos seus melhores momentos face aos governos da União Europeia, e não dá sinais de melhoras.

Há duas semanas, na cimeira especial de lideres da UE quase integralmente consagrada à crise da dívida na Grécia, Barroso esteve totalmente ausente das negociações sobre o texto da declaração política de solidariedade com Atenas. Nos mais de vinte anos em que acompanhado a actualidade europeia em Bruxelas, não me lembro de alguma vez um compromisso importante negociado entre chefes de Estado ou de Governo não ter sido pilotado pelo presidente da Comissão Europeia.

Desta vez, o texto aprovado pelos Vinte e Sete foi integralmente preparado por Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, sem qualquer intervenção de Barroso. Os seus termos foram propostos por Van Rompuy durante a reunião que convocou na própria manhã da cimeira (e que provocou aliás um atraso de três horas no seu arranque) entre Angela Merkel, chanceler federal da Alemanha, Nicolas Sarkozy, presidente francês e George Papandreou, primeiro ministro grego. A contribuição de Durão Barroso não foi considerada necessária. É mau sinal.

Depois foi a decisão surpresa anunciada na semana passada sobre a nomeação de João Vale de Almeida, ex-chefe de gabinete de Barroso, para embaixador da UE em Washington: na segunda-feira, vários ministros dos Negócios Estrangeiros protestaram por não terem sido consultados. A irritação compreende-se: os antigos representantes da Comissão nos países terceiros, Estados Unidos incluídos, passaram, com o Tratado de Lisboa, a ser embaixadores da totalidade da UE. O que significa que este tipo de nomeações passou desde a sua entrada em vigor (1 de Dezembro de 2009) a competir não ao presidente da Comissão, mas à alta representante para a política externa, Catherine Ashton, enquanto chefe do futuro Serviço Europeu de Acção Externa (SEAE).

Os próximos de Barroso bem podem tentar justificar a decisão com o argumento de que a importância das relações transatlânticas não permitiria manter mais tempo a embaixada europeia em Washington desocupada (o anterior embaixador saiu em Outubro), mas o argumento não colhe: Vale de Almeida só assumirá funções no Verão. O que significa que a nomeação do novo embaixador poderia ter sido feita em Abril, ou Maio, altura em que é suposto o SEAE estar totalmente operacional. E os governos sabem muito bem que a nomeação precipitada – e surpreendente – de Vale de Almeida se destinou a permitir-lhe sair por cima na guerra que lhe estava a ser movida pelos Estados no processo de criação do SEAE. Barroso, pelo contrário, sai por baixo com a manobra.

Há dias um dos analistas mais conceituados em Bruxelas – cuja identidade não posso revelar – afirmou numa conferência que Barroso foi literalmente cilindrado por Nicolas Sarkozy durante a presidência francesa da UE, no segundo semestre de 2008, e que ainda não se conseguiu recompor. Parace-me que os factos lhe dão razão.

32 comentários:

AKM disse...

Mais uma vez Isabel gostei de a ler.E acho complicado para Durão!!!


Escrevi um texto...vale o que vale
= nada!!!- onde faço uma comparação casuistica, entre Durão Barroso e Vitor Constancio.
Não o quero enviar para aqui, mas se tiver gosto, posso enviar-lho, o meu mail só passou de mail.com, para gmail.com

Um abraço

Augusto

A.Küttner disse...

Queia ir lendo mais sobre as Sua Opinião quanto a Durão Barroso e ao Actaul Presidente, penso que este está a saber bem ocupar o seu espaço!! que acha???

Anónimo disse...

Este artigo é interessante, mas lamento dizê-lo, falha o alvo.

Não é Durão Barroso que não está nos seus melhores momentos, é a própria União Europeia que não está nos seus melhores momentos e, este artigo mostra-o.

Para começar temos a Constituição Europeia-IL, Constituição Europeia Impossível de Ler, vulgo Tratado de Lisboa que é uma espécie de self-service do disparate. Basta lá entrar para encontrarmos prateleiras e prateleiras cheias de disparates.

Um dos maiores é, sem dúvida, o de se meterem uma data de galos na mesma capoeira, Presidente da Comissão, do Conselho, do país que exerce a presidência e last but not least o Alto Comissário para os Estrangeiros e Defesa.

Isto sem termos nenhuma hierarquia definida. Bom, talvez se possa dizer que o tal Alto Comissário poderá estar subordinado ao Presidente da Comissão mas, nem isto é muito certo pois ele exerce a função de Vice-Presidente da Comissão por inerência e independentemente do cargo de Alto Comissário.

Assim vemos o Van Rompuy a meter o bedelho em assuntos da Comissão com o ar mais natural do Mundo esquecendo-se que a iniciativa legislativa pertence, em exclusivo à Comissão.

Bom, podemos dizer que a tal declaração de solidariedade não é uma iniciativa legislativa o que até está correcto, é só um amontoado vazio de boas intenções. Talvez até seja uma jogada inteligente do Durão Barroso não se meter nisto pois ele sabe que, quando se chegar à necessidade de se tomarem medidas importantes têm de ir ter com ele.

Quanto à nomeação de João Vale de Almeida para Washington, só mostra que o Durão, para mal dos nossos pecados, mantem todo o poder à frente da Comissão e dá-se ao luxo de atropelar a senhora baronessa e outros a começar pelo sueco que creio ter sido o primeiro a protestar e que devia estar com dor de cotovelo pois tinha-se candidatado ao lugar actualmente ocupado pela senhora baronessa.

Quanto ao Senhor Rompuy, é curioso vermos que o lugar lhe está a subir à cabeça e que convoca mini-reuniões, com ele, claro, com a querida Angela, o vaidoso do Sarcozy e a vitima (Primeiro Ministro grego).

Que raio de reunião é esta? Serve para quê? Que poderes tem?

A única vantagem que vejo é permitir ao Van Rompuy por-se nos bicos de pés, mais nada. De resto foi apresentar um fait acompli aos vinte-sete.

Outro dos disparates graves é, claro, o Euro. É que não é a Grécia que está com problemas financeiros, o que está a acontecer é que o Euro está a ir ao fundo.

O falecido Milton Friedman tinha dado ao Euro dez anos de vida. Depois disse que o Euro se estava a comportar melhor do que esperava e corrigiu este prazo para treze ou quatorze anos. E pode-se e deve-se criticar o Milton Friedman por muita coisa mas se havia coisa de que percebia era de moeda.

Assim, o que o Van Rompuy fez foi nada, falhou completamente o tiro ao centrar-se num problema secundário, o grego.

Durante anos muitos disseram que o Euro colocava Portugal ao abrigo dos ataques especulativos que sofreria se tivesse mantido o Escudo. O que é verdade, Portugal já não tem o Escudo portanto está ao abrigo de ataques especulativos ao Escudo. Encontra-se é exposto, juntamente com outros países a ataques especulativos ao Euro.

É que o Euro é um edifício com muitos pilares, uns largos e fortes (o alemão, por exemplo) e outros finos e fracos (o grego ou o português, também por exemplo).

Assim, os especuladores, podem evitar os riscos e despesas de atacar um pilar forte e podem centrar-se a desfazer um pilar fraco o que terá os mesmos efeitos e como é impossível que os países fortes deixem cair a Grécia (ou Portugal) pois isso faria desabar o edifício todo, o risco é praticamente nulo.

Brilhante! Os crânios que nos meteram no Euro bem podem limpar as mãos à parede...

Isabel Arriaga e Cunha disse...

Caro AKM,

terei muito gosto em ler o seu texto: pode mandá-lo para eurotalk.iac@gmail.com ? Obrigada


Caro Raio,

depois de ter passado mais de dois anos a ler com a maior perplexidade os seus comentários, de repente percebi a razão de fundo do seu espírito rezingão: sem ofensa, você não tem a menor ideia de como é que a UE funciona. Ou melhor: até sabe algumas coisas, mas apenas as mais superficiais e aparentes, mas que afloram muito ao de leve a complexidade da UE.

Esta conclusão é uma lição para mim: quer dizer que tenho de fazer um esforço maior para melhor explicar a construção europeia

Abraços aos dois

Anónimo disse...

Cara Isabel,

"sem ofensa"

Não ofende nada, gosto do contraditório.

"você não tem a menor ideia de como é que a UE funciona"

Isto até é uma critica à UE.

Vejamos:

a) Modéstia á parte considero-me uma pessoa culta e mesmo inteligente;

b) À partida olhava a unificação da Europa com bons olhos;

c) Já dediquei muito tempo a ler sobre a CEE/CE/UE, leituras quer a favor quer contra;

d) Faço o possível por me manter actualizado;

e) Por questões profissionais já participei em trabalhos da UE, quer cá quer aí;

Assim acho que devo estar no 5%, ou mesmo 4 ou 3 ou mesmo 1% dos cidadãos europeus que melhor conhecem a UE.

E, no entanto não tenho a menor ideia de como é que ela funciona? Até é possível, mas não tenho eu nem tem a quase totalidade das populações das Nações da Europa!

Nestas condições o que é que é a UE? Um organismo democrático ou uma Sociedade Secreta?

Organismo democrático não é concerteza pois um dos fundamentos da democracia é a transparência. Logo concluimos que a UE é uma Sociedade Secreta? Acho que sim, a não ser que haja uma terceira hipótese que eu não considerei.

"tenho de fazer um esforço maior para melhor explicar a construção europeia"

Peço desculpa mas o problema é exactamente o oposto!

O que se deve fazer é mostrar o que vai mal (só a verdade é revolucionária) e debater-se, a sério como é que se pode corrigir o que vai mal.

Se este debate atrasar a construção europeia, paciência, demora mais tempo mas constrói-se com maior solidez (devagar que tenho pressa...)

Um bom tema para começar é o Euro. Que fazer? É óbvio que está a ser um falhanço e têm de se fazer profundas alterações pois todas as promessas falharam, maior dinamismo económico, menor desemprego, abrigo contra ataques especulativos, etc.

Sim, que fazer? Largar o Euro? Aumentar os poderes da Comissão transformando-a num Governo Económico da Europa? Dividir o Euro em dois, um para os PIIGS e outro para os países decentes?

Sei lá, mas era bom que se discutisse este problema abertamente de forma a chegar a uma solução com o máximo do apoio popular.

Um abraço que bem merece com o sacrifício que é viver aí por Bruxelas, brrr,... só de pensar nisso...

Anónimo disse...

Cara Isabel,

Quando li a sua frase "tenho de fazer um esforço maior para melhor explicar a construção europeia" senti-me um bocado incomodado não percebi bem porque razão.

Estive a pensar no assunto e cheguei a algumas conclusões.

Aquela frase resume o que é insuportável, para muitos, na UE.

É que o grosso dos cidadãos está-se positivamente nas tintas para a "construção europeia", o grosso dos cidadãos quer é saber como resolver os seus problemas, o grosso dos cidadãos preocupa-se com o seu nível e qualidade de vida e com a de seus filhos.

O grosso dos cidadãos anda preocupado por ver os seus filhos, tenham ou não estudado, remetidos a empregos precários e mal pagos, o grosso dos cidadãos já percebeu que a geração dos seus filhos terá um nível de vida pior do que a sua e, gostaria era de saber como é que isto poderia ser evitado.

Mas em vez disto, a PO (propaganda oficial) vem-lhe com grandes projectos sobre construção europeia juntamente com promessas do paraíso lá para as calendas gregas, isto enquanto que tudo se vai degradando.

É por isso que este tipo de discurso sobre a Europa é tão irritante e tão ignorado pelo grosso dos cidadãos.

Como disse no comentário anterior o que é necessário é pegar nos problemas, disseca-los e discuti-los e, no fim, acordarmos em como os corrigir.

E isto deve ser feito sem parti pris, se a União Europeia favorecer a resolução do problema, avança-se nesse sentido mas se a União Europeia prejudicar a resolução de um problema também se avança nesse sentido diminuindo a integração.

O resultado seria o de se integrar nuns campos e de se desintegrar noutros e, em última análise a Europa entrar nos corações dos cidadãos das diversas nações da Europa, ao contrário do que sucede actualmente.

Infelizmente os integracionistas tem tão pouco espírito democrático que, como todos os autocratas, desconfiam dos cidadãos, o que acabará por conduzir a Europa ao caos e à guerra.

Un abraço,

O Raio


ERRATA: Onde no comentário anterior está escrito baronessa, deve ler-se baronesa

Isabel Arriaga e Cunha disse...

Raio,

está-me a dar razão.

Obviamnente que toda a gente, sobretudo em Portugal, partilhará a sua preocupação sobre a situação dos nossos filhos. Só que qualquer pessoa que conheça verdadeiramente o funcionamento da UE sabe 1) que não é a UE que os provoca e 2) que não é a UE que os poderá resolver, mas cada país por si, num quadro europeu e com a ajuda europeia.

Engraçado que já se tenha esquecido dos seus elogios passados à Grécia, que, do seu ponto de vista - e cito de memória - se estava grosso modo marinbando para a UE, não cumpria as regras e por isso tinha taxas de crescimento do PIB colossais (comparadas com as portuguesas).

Como é? Os problemas actuais da Grécia foram provocados pela UE?

Não acha que se não fosse a UE a Grécia estaria ainda pior com uma moeda reduzida a uma fracção do seu valor como aconteceu com a islandesa - ou pior? E escusa (como prevejo) de vir dizer que a UE não ajudou nada a Grécia porque não lhe deu nenhuma ajuda financeira para refinanciar a dívida, porque ajudou e muito: foram o discurso e as exigências de rigor que credibilizaram o plano de austeridade que os gregos sabem que têm de aplicar - sob pena de irem à falência - e que provocaram uma certa acalmia nos mercados financeiros.

Se pensar bem, não acha que os problemas que Portugal atravessa, e que o preocupam no que toca aos seus filhos, terão sido sobretudo provocados pelos portugueses ?

Só mesmo quem não conhece o funcionamento da UE pode protestar por o euro não nos ter garantido prosperidade e crescimento para todo o sempre. O euro só nos pode proteger da expeculação entre moeda europeias, o que já não é nada mau (e é um eufemismo) para Portugal: sem o euro, onde é que estaria o escudo? O resto, a competitividade, a produtividade, o crescimento económico, a poupança interna, o não viver acima das possibilidaes do país, etc, são os portugueses que terão de os fazer, não a UE nem o euro.

Imputar estes problemas à UE, e exigir que ela os resolva, é mesmo não saber o que é a UE...

Vou mesmo ter de fazer um esforço...

Anónimo disse...

Minha cara amiga,

Agradeço a atenção que dispensou ao que escrevi. Como já disse gosto do contraditório e sou de opinião que a contestação às minhas ideias e opiniões é útil, muito útil, ou para eu as aperfeiçoar ou mesmo para as rejeitar como já tem acontecido.

"1) que não é a UE que os provoca"

??? Acha? Bom, não sei qual a percentagem de legislação que entra todos os anos em Portugal proveniente da UE mas, os valores que tenho visto andam entre os 65% e os 80%.

A legislação economicamente importante vem de Bruxelas, de cá vem a legalização do casamento homosexual e outras do mesmo estilo, cuja importância, concorde-se ou não, ninguém discute mas que economicamente e financeiramente não são relevantes.

Assim o governo de facto de Portugal já está em Bruxelas, Estrasburgo ou Frankfurt (BEF) e não cá. Dizer que a causa dos nossos problemas é interna quando já não controlamos nem a nossa politica economica nem a nossa politica financeira parece-me abusivo. No mínimo devemos partilhar as culpas.
Embora na minha opinião o peso do BEF é determinante.

(continua)

Um abraço

Anónimo disse...

(continuação)

"2) que não é a UE que os poderá resolver"

Exacto, exacto, mas para isso deixem-nos respirar e restituam-nos a autodeterminação!

Bom, talvez fosse suficiente tirar o princípio da subsidiariedade, definido no Artº 5º do Tratado que instituí a Comunidade Europeia do papel e aplica-lo a sério, devolvendo, por exemplo a Política Agricola aos Estados Membros e acabando com o monstro que dá pelo nome de Política Agricola Comum, como se fosse possível ter a mesma política agricola para o país dos mil lagos (Finlândia) e para Portugal...

"Engraçado que já se tenha esquecido dos seus elogios passados à Grécia, que, do seu ponto de vista - e cito de memória - se estava grosso modo marinbando para a UE, não cumpria as regras e por isso tinha taxas de crescimento do PIB colossais (comparadas com as portuguesas)."

Não esqueci, não senhor!

É um facto que a Grécia ainda há poucos anos tinha um PIB per capita levemente inferior ao português e que actualmente (fonte: CIA Factbook) tem um PIB per capita de USD$32.100 (PPP) enquanto que Portugal tem USD$21.700 (dados de 2009).
A título de comparação a Espanha tem USD$33.700 e o Japão USD$32.600!

Portugal compara-se mais a Trinidad e Tobago que tem USD$23.300...

De realçar que ainda outro dia li num dos numerosos comentários que pululam pelos nossos jornais, um ilustre economista a dizer que a situação portuguesa era pior do que a grega pois a Grécia tinha a almofada de um PIB per capita muito superior ao português. Só não explicou como é que isto foi conseguido...

O que está a contecer é que The Empire Strikes Back, a Grécia tem de ser metida na ordem... mas a pequena Grécia vai reagindo. Agora o Vice-Primeiro Ministro grego, Theodoros Pangalos, vem à baila que a Alemanha quando ocupou a Grécia (II Grande Guerra) levou o ouro todo que encontrou no banco central e nunca o devolveu. Além de que acha que a Alemanha devia compensar a Grécia pela destruição que, na altura, provocou.

(continua)

Um abraço,

Anónimo disse...

(continuação)

A coisa está animada e, quando eu digo e escrevo que a UE acabará em guerra é exactamente por estas coisinhas que têm tendência a ir aumentando.

Quanto a nós não temos de nos preocupar pois os governos portugueses sempre seguiram a politica salazarista do pobrezinhos mas honestos. Não temos de ser metidos na ordem.

"Não acha que se não fosse a UE a Grécia estaria ainda pior com uma moeda reduzida a uma fracção do seu valor como aconteceu com a islandesa - ou pior? "

Não acho não senhor. E tenho tanta razão de não achar como a minha cara amiga tem de achar, é só uma questão de feeling.

Quanto ao exemplo islandês é melhor nem falarmos, a Islândia tem a sorte de não estar a ser ajudada por BEF e vai resolver os seus problemas. Por qualquer razão as últimas sondagens na Islândia já dão 60% da população contra a adesão à UE.

"E escusa (como prevejo) de vir dizer que a UE não ajudou nada a Grécia porque não lhe deu nenhuma ajuda financeira para refinanciar a dívida"

Eu nunca diria tal coisa. De uma forma geral aquilo a que a UE chama de ajudas são contraproducentes.

"Se pensar bem, não acha que os problemas que Portugal atravessa, e que o preocupam no que toca aos seus filhos, terão sido sobretudo provocados pelos portugueses ?"

Como disse acima não. Portugal em 1910 tinha um PIB per capita que era uns 20% do inglês que na altura era o maior do Mundo. Depois começou a recuperar e com o caos da I República, com a ditadura, com a guerra, com o condicionamento indústrial foi sempre subindo e aproximando-se da média europeia.
A grande travagem veio com o Mercado Único e afundou completamente com o Euro. Isto não é uma opinião, isto são factos.

Nada, mesmo nada nos pode levar a concluir que se não tivessemos aderido a tudo o que é politica única estariamos piores.

"O euro só nos pode proteger da expeculação entre moeda europeias"

Claro, mas isso nunca foi dito!

"a competitividade, a produtividade, o crescimento económico, a poupança interna, o não viver acima das possibilidaes do país, etc, são os portugueses que terão de os fazer, não a UE nem o euro."

??? a competitividade, a produtividade, o crescimento económico, a poupança interna, o não viver acima das suas possibilidades, etc., são medidas que se incentivam com politicas adequadas adptadas ao país e não com politicas saídas de Bruxelas para a Europa inteira como se fossemos todos iguais.

Não somos e ainda bem que não somos foi a diversidade europeia que permitiu que a civilização europeia abrangesse praticamente todo o Mundo.

Fundir isto tudo num caldo indistinto acabará por nos levar pelo mesmo caminho que a antiga Grécia que, de farol do Mundo da época, foi unificada e acabou fornecendo escravos intelectuais aos romanos.

"Imputar estes problemas à UE, e exigir que ela os resolva, é mesmo não saber o que é a UE... "

Nada disso!
Eu imputo esses problemas à UE, sim senhora, mas, de nenhuma forma quero que ela os resolva! Quero é liberdade para nós os resolvermos!

Farto de ajudas da UE estou eu, ainda por cima ajuda paga a cerca de quatro milhões de Euros por dia, 365 dias por ano! (grosso modo as nossas contribuições para o Orçamento Comunitário).

Um abraço

akm disse...

Sr. Raio

Diga-nos como construiria hoje à sua maneira umEuropa Unida!

Mas por favor de forma sucinta.

Numero países

Forma de Governo

Bancos

Akm

Anónimo disse...

Caro akm,

"Diga-nos como construiria hoje à sua maneira umEuropa Unida!"

Primeiro acho curioso que se estabeleça como uma necessidade absoluta a construção de uma Europa Unida.

Uma Europa Unida vai contra o sentido da História que tem sido alternadamente a formação de grandes entidades politicas, seguida de períodos em que estas grandes entidades se desfazem e pulverizam, seguida novamente de períodos de grandes entidades.

Desde o fim da I Grande Guerra em que, só na Europa, acabaram três grandes impérios, o alemão, o austro-húngaro e o otomano entrando-se entrou numa fase de pulverização, fase esta que acelerou com a descolonização e com o fim da União Soviética. A China escapou, por agora, mas deve ter escapado por uma unha negra.

Quando aquela senhora que a Isabel refere aqui há uns dois artigos nos diz que é preciso que as pessoas vão a Pequim (Beijing), Nova Iorque ou Washington e vejam o Mundo como ele é, falha completamente o alvo, deve-se ir é a Singapura para ver o mundo como ele é.

Este movimento de pulverização é agravado com a globalização que convida à formação de grandes redes mundiais e não de grandes entidades políticas.

Os dez maiores países do Mundo são:

1 China 1.338,612.968

2 India 1.156.897.766

3 Estados Unidos 307.212.123

4 Indonesia 240.271.522

5 Brasil 198.739.269

6 Pakistão 174.578.558

7 Bangladesh 156.050.883

8 Nigeria 149.229.090

9 Russia 140.041.247

10 Japão 127.078.679

Destes só os Estados Unidos, Brasil, Japão e talvez o BanglaDesh é que não estão, aparentemente em perigo de implodir a médio prazo.


(continua)

Anónimo disse...

(continuação)

E, mesmo na Europa, países como a Espanha ou o Reino Unido também correm fortes perigos de se desfazerem.

A constituição de uma grande entidade política europeia vai contra o sentido da História e afasta-nos da globalização!

Mas isto não quer dizer que não se deva caminhar para um qualquer tipo de unidade europeia, só que esta unidade nunca deverá afastar os seus componentes da globalização e deverá favorecer agrupamentos como a Commonwealth ou mesmo a CPLP. Agrupamentos deste tipo potenciam a influência da Europa no Mundo.

Esta unidade deverá englobar toda a Europa, do Atlântico aos Urais como dizia De Gaule, ou mesmo mais, dos Açores a Vladivostok e da Turquia ou de Malta e Sicília até ao Cabo Norte.

Alguns países limitrofes como Marrocos, Cabo Verde, Israel ou o Estado Palestiniano também seriam bem vindos.

Esta "Europa" devia deixar para segundas nupcias a parte económica e centrar-se na sua componente cultural.

A parte económica deveria limitar-se a uma super EFTA, a uma área de livre comércio. Não nos podemos esquecer que a EFTA nos seus tempos aureos funcionou muito bem com consequências visíveis para o bem estar dos Estados membros.

Quanto à parte cultural deveria adoptar-se uma língua de trabalho comum que seria sempre a primeira segunda língua a ser ensinada nas escolas. Poderia ser o latim, ou antes, um latim simplificado, o esperanto ou outra. No fundo foi o que Israel fez que para constituir on Estado de Israel, resuscitou uma língua liturgica em extinção. E a Alemanha também fez coisa semelhante quando se unificou no Século XIX.

Depois, projectos como o Erasmus e outros do mesmo estilo deviam ser favorecidos, tal como a livre circulação de pessoas. Livre na medida do possível mas sem se chegar a esta anarquia do Tratado de Schengen.

Não duvido que se há cinquenta anos se tivesse seguido este caminho, actualmente, duas gerações depois estariamos muito mais avançados na integração politica e económica mas uma integração exigida pelos cidadãos da Europa e não imposta por um bando de iluminados que se consideram detentores da verdade e que desprezam profundamente os povos da Europa.

Mas, não se seguiu por este caminho e a pergunta é o que fazer a este monstro burocrático que construímos?

Bom, não podemos ficar parados, o futuro não espera, temos de avançar no desmantelamento de muito do acquis communitaire e de grande parte dos Tratados substituindo-os por algo mais parecido com o Tratado do Porto que formou a EEA, European Economic Agreement.

E, claro, fazer uma forte aposta na componente cultural como descrevi acima.

Um abraço

A. Küttner disse...

Sr. Raio

Desta gostei mais.
Achei-o finalmente construtivo, a dar ideias positivas. Ainda bem.

Essa de uma Europa tão abrangente, até não está mal pensado, mas não temos tempo, para ir por aí, sendo que repito, parece boa ideia.MAS!!!! BUT!!!!!!

A EFTA é pouco.


Mais economicamente com o cultural em paralelo. Há 50 anos, fez-se o que foi possivel...e hoje ou se faz o impossivel ou implodimos todos e depressa!!!

Anónimo disse...

"Achei-o finalmente construtivo, a dar ideias positivas."

Sempre tive ideias positivas. Só que antes de começar com elas e para evitar que se caía nos mesmos erros, devemos fazer uma crítica feroz e descomprometida da situação actual.

"A EFTA é pouco."

??? Funcionou bem. E deu resultados muito mais positivos do que a centralizadora e castradora UE.

Mas, o que eu disse era que se começasse pela componente cultural actualmente estariamos mais avançados na unidade da Europa. Unidade cultural e económica.

"Há 50 anos, fez-se o que foi possivel...e hoje ou se faz o impossivel ou implodimos todos e depressa!!!"

Há 50 anos um bando de autocratas impulsionados pelos Estados Unidos lançaram-nos num caminho que desembocou no inferno actual e que a prazo destruirá qualquer hipótese de undidade europeia.

Há 50, 60, 70 ou mais anos podia-se ter feito muito melhor É uma construção da História isto que a UE apareceu há 50 anos...

Em tempos fiz um apontamento sobre isto.

Ver: http://cabalas.blogspot.com/2007/05/unio-europeia.html

A. Küttner disse...

Pronto, uma fase boa descambou para a cabala!!!!


Vamos nos colocar em Março de 2010, e vamos tentar fazer projectos positivos de futuro.

SE formos pensar no ontem, e em simultâneo desfazer tudo o que temos hoje. Não dá!!!!

A. Küttner disse...

Pronto, uma fase boa descambou para a cabala!!!!


Vamos nos colocar em Março de 2010, e vamos tentar fazer projectos positivos de futuro.

SE formos pensar no ontem, e em simultâneo desfazer tudo o que temos hoje. Não dá!!!!

Anónimo disse...

"Pronto, uma fase boa descambou para a cabala!!!!"

??? Onde é que eu descambei?
Creio que não disse nada de errado.

Anónimo disse...

Cara Isabel,

Outro dia, num comentário que colocou aqui escreveu:

"Como é? Os problemas actuais da Grécia foram provocados pela UE?"

Claro que nem lhe passa pela cabeça que alguém no seu perfeito juízo respondesse que sim. E imagino o desprezo com que deve ter lido a minha resposta...

Mas, só para mostrar que responder sim à sua pergunta é a resposta mais lógica, desencantei um texto do professor João Ferreira do Amaral, texto escrito num livrinho que publicou há já oito anos em que ele prevê o que está actualmente a acontecer e explica porquê.

Como estes comentários têm um limite, optei por publicar um extrato do texto do Prof. Ferreira do Amaral em http://cabalas.blogspot.com/2010/03/quem-esta-em-crise-grecia-ou-o-euro.html

Um abraço

akm disse...

Ontem ouvi Medina Carreira, que mesmo tendo razão, por norma unicamente diz mal, e não dá soluções.

Ontem deu várias.

E claro que disse ai de nós se não estivessemos no Euro.

E ao que consta a Grécia aldrabou os seus dados aquando da entrada!!
Se formos todos desonestos, é natural que um dia, dê para o torto...

akm disse...

Será da maxima necessidade seguir exemplos globalizantes, mas dar-lhe um quê de humanismo. logo misturo, um pouco para dar alguma coisa!!!

Anónimo disse...

Caro akm,

"Ontem ouvi Medina Carreira, que mesmo tendo razão, por norma unicamente diz mal, e não dá soluções."

Eu acho piada ao Medina Carreira, arranjou um nicho no mercado de comentadores, o maldizente profissional. Norma geral é giro de ouvir mas, sinceramente, não diz nada de útil. Pega em tudo o que pode e dispara em todas as direcções.

"E claro que disse ai de nós se não estivessemos no Euro."

E depois? Outra coisa não seria de esperar.
Será que ele tem maior competência técnica do que o professor Ferreira do Amaral?

"E ao que consta a Grécia aldrabou os seus dados aquando da entrada!!"

Sim, ao que consta. E, também ao que consta, não foi o único.
Mas o importante áqui é outra coisa. O Professor Ferreira do Amaral tem razão? Bom, um ponto a favor é que põe uma teoria à prova com oito anos de avanço e acerta.

"Se formos todos desonestos, é natural que um dia, dê para o torto..."

Claro! Mas esta frase, por bonita que seja não acrescenta nada ao tema em discussão.

E este é, quem está com problemas, a Grécia ou o Euro?

"Será da maxima necessidade seguir exemplos globalizantes, mas dar-lhe um quê de humanismo. logo misturo, um pouco para dar alguma coisa!!!"

Outra frase bonita e vazia.

Meu caro, não fuja ao tema: Encare a realidade, o Euro foi um erro e se se persistir nesse erro acabará destruindo a União Europeia.

Um abraço,

akm disse...

Note que comecei por referir que Medina Carreira por norma só diz mal, mas que desta vez , além disso, para além disso, apontou alguns caminhos! Logo já não é tão mau.
Se vai ser o Euro a matar a UE? Mas se o sr. já a ssume tão mal, acha que o problema é o Euro?
cumprimentos.

Anónimo disse...

"Note que comecei por referir que Medina Carreira por norma só diz mal, mas que desta vez , além disso, para além disso, apontou alguns caminhos! Logo já não é tão mau."

Esta é brilhante! não faço a menor ideia de que caminhos indicou, o meu caro amigo não os disse mas, independentemente de serem ou não uma data de disparates, só por os ter dito acha que não é assim tão mau! Francamente, deviamos ser um pouco mais sérios!
Friso no entanto que acho piada ao diletantismo do Medina Carreira mas, naturalmente, não lhe dou a minha credibilidade.

"Se vai ser o Euro a matar a UE? Mas se o sr. já a ssume tão mal, acha que o problema é o Euro?"

Meu caro, acho que está um pouco desorientado ao ver o caos a que aquilo em que acreditou nos está a conduzir e, à falta de melhor, disparata. Isto não é bonito e gostaria que se contivesse um pouco mais.

Diga lá, ainda acredita que a política salazarenta de "A Europa não se discute", nos pode levar a algum lado?

Um abraço,

akm disse...

Carissimo

Penso que está a começar a entrar pelo quase insulto, se reparar nas suas últimas intervenções diz que só digo disparates, que ando desorientado!

Será que essa é a sua argumentação?

E escusa de como usualmente começar o seu ataque repetindo o que escrevi...não é necessario.Dispensa-se!!!!
cumprimentos

Anónimo disse...

"repetindo o que escrevi"

É só para facilitar a leitura, mais nada.

Acho que anda um pouco desorientado porque evita comentar os meus argumentos e opta, geralmente, por desconversar.

Se insultei peço humildemente desculpa pois não era essa a minha intenção.

Faço no entanto notar que estou a apreciar muito esta conversa, apesar de ser uma conversa tipica entre mim e um adepto fervoroso da integração europeia über alles, pois rapidamente se esquecem as trocas de argumentos e entra-se na piada fácil, por vezes num indisfarcável desprezo pelos que não crentes ou mesmo na ofensa.

É claro que o output deste tipo de conversa é o de fortalecer a minha convicção de que tenho razão.

Para terminar recomendo este video cujo título é profético:

http://www.youtube.com/watch?v=7_IKcMl_a9A

Um abraço

akm disse...

Se quiser leia pf hoje no Publico o texto da Tersa de Sousa que vai na linha de melhir dizer do actual Presidente. Aqueke que todos imaginávamos ser "um palerminha"!

Anónimo disse...

Caro akm,

Infelizmente o texto da Teresa é na edição paga e, quanto a papel, hoje já comprei o I e parece-me que comprar dois jornais por dia é um exagero.

Depois, o próprio título do artigo da Teresa é significativo, "Quem vai mandar na Europa?", o Presidente do Conselho ou o da Comissão?

É espantoso como se discute este assunto pois o que acontece é que a Constituição, sorry, o Tratado de Lisboa, está a dar buraco como muitos (nos quais me incluo), previram.

É que, recorde-se, o Tratado de Lisboa era essencial para agilizar o processo de decisão na UE e não, como é óbvio para dar origem a uma luta de galos nas cúpulas a UE!

O problema actual é analisar o Tratado de Lisboa para descobrir quem, na opinião do Legislador, tem realmente poder, o Presidente da Comissão ou o do Conselho?

Provavelmente será necessário um novo Tratado para esclarecer este ponto. Por outras palavras, os ilustres autores do texto do Tratado de Lisboa meteram a pata na poça...

Na minha modesta opinião acho que a vitória final caberá ao Durão pelas seguintes razões:

a) Tem quase cinco anos à sua frente enquanto que o Rompuy só tem um mandato de dois anos e meio;
b) O poder real, o poder da iniciativa legislativa, está nas mãos do Durão;
c) O Durão já não pode ser reeileito e portanto tem as mãos livres para fazer o que quiser;
d) E, last but not least, o Durão, por feitio e experiência parece ser muito mais traiçoeiro e calculista do que o Rompuy.

Quanto a imaginar que o Rompuy era um palerminha, não sei quem disse isso, tenho muito má opinião dele e estou mais do lado do deputado do UKIP inglês (Farage) que disse que ele tinha o carisma de um trapo húmido (damp rag).

Quanto à Teresa, autora do texto, é uma senhora simpática mas que no meu modo de ver, personifica o que mais me horroriza na União Europeia.

Está 100% dentro do sistema, nunca lhe passa pela cabeça questionar o sistema e fica sinceramente desorientada e espantada quando tropeça nalgum argumento que ponha em causa o sistema.

Infelizmente o que escreve não é muito interessante ou útil de ler e, digo infelizmente porque me parece uma pessoa capaz, inteligente e que fala e escreve bem e que se se conseguisse libertar das palas que assumiu ao aceitar da forma como aceitou a integração europeia deveria escrever coisas muito importantes e úteis.

Um abraço,

Anónimo disse...

Sim, de facto estamos numa embrulhada e a última coisa que se deve fazer é seguir em frente.

O que se deve fazer, mais, o que é imperioso fazer, é analisar porque é que estamos numa embrulhada de modo a evitar não só a sua repetição mas também o seu agravamento.

E esta embrulhada, ou antes, estas embrulhadas, Mercado Único, Moeda Única, Tratado de Lisboa têm como progenitor o avançar cegamente para uma integração centralizada a todo o custo e sem nunca se fazer uma avaliação do que foi feito, quais os seus objectivos, se foram atingidos e se não o foram, porquê?

Não estou a dizer nada de transcendente, estou só a dizer o que é elementar fazer em qualquer projecto. E, com maioria de razão, num projecto envolvendo a vida de centenas de milhões de cidadãos.

O Durão não fugiu de cá, o Durão preparou cuidadosamente o seu futuro e conseguiu atingir os seus objectivos. Neste ponto de vista, o que fez foi admirável. Só é pena é que o tenha feito à nossa custa...

Já agora, o maravilhoso Van Rompuy também fugiu?

"que ganhe o mais capaz, o mais competente"!!!???

Meu caro, a sua inocência espanta-me! Se calhar também acredita no Pai Natal...

O problema não é quem ganha ou se quem ganha é competente ou não, o problema é a estrutura constitucional em vigor permitir este tipo de luta.

Como é óbvio, lutas deste tipo desgastam a estrutura em que estão inseridas e, em última análise podem mesmo destrui-la.

Claro que a escolha da senhora baronesa foi um tiro no pé. E a do Rompuy foi uma rajada inteirinha no pé, perna, anca, etc.

Ninguém quer fechar a UE, o tempo não volta para trás. Temos é de evoluir rapidamente para o pós-UE, para uma Europa pacífica formada por povos e nações autonomos e colaborando entre si.

Bernardo disse...

« uma Europa pacífica formada por povos e nações autonomos e colaborando entre si. »

Parece-me que ja la estams mas sei que o Raio nao é da mesma opinião.

Mas voltando à vossa discussão dos ultimos comentários, acho espantoso que pouco mais de um mes da entrada em vigor do Tratado de Lisboa se diga que é um falhanço porque veio criar problemas de definição de responsabilidades e de luta entre galos…

Numa mudança fundamental num sistema complexo como a UE nao se poderia esperar outra coisa. O texto pode ter falhas e omissoes mas é obvio que esta fase de ajustamento e ‘preenchimento’ de novas funçoes teria sempre de acontecer. Qualquer mudança necessita de um periodo de adaptaçao (pensem na nossa constituiçao de 1976 e o que se seguiu).

E é também obvio que o Tratado vai rapidamente precisar de alteraçoes e é bom sinal ; é sinal que a UE avança e se adapta às necessidades. Já se comça a falar de o alterar para se poder criar um Fundo Monetario Europeu, no contexto da crise Grega. POderá ver isto como fuga para a frente. Eu vejo-o como « uma Europa pacífica formada por povos e nações autonomos e colaborando entre si. »

akm disse...

Caro Bernardo

Assino por baixo! Emendar o que já temos!!
E, sem ter que seguir aqueles bons consellhos do SR. Raio.
Quanto a Pai Natal, não sei Sr. Raio, o que tem a ver com a Pascoa!!!

akm

akm disse...

Caro Bernardo

Assino por baixo! Emendar o que já temos!!
E, sem ter que seguir aqueles bons consellhos do SR. Raio.
Quanto a Pai Natal, não sei Sr. Raio, o que tem a ver com a Pascoa!!!

akm